À meia luz
escudados nos sonhos
despistaram o medo de amar
e só diante do espelho admitiram
que a nudez é um perigo
capaz de intimidar o Amor
...depois do amor a espera
sem pressa, sem dor
depois do amor
o desejo natural
de repousar entre lençóis
e continuar a loucura
que não se vê em jornais.
Escudados nos sonhos
beberam a angústia do ser
na boca molhada de suor e sexo
seguindo o infinito
neste sopro de adeus...
Graça Graúna
Sobrevoando o cerrado/DF, em 12.jan.2010
Nota: poema publicado no Overmundo
10 comentários:
muito bom...um repouso dos deuses e anjos...
Linda visão depois do amor...
bjus
Cintia, poetamiga: seja sempre bem-vinda. Seus comentários recebo-os como presentes vindos dos deuses. Paz em Ñanderu.
Poema de paz, serenindade.
Um alento no coração.
Beijo.
Grauninha querida, que poeeeeemmmaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!!
"...Escudados nos sonhos
beberam a angústia do ser..."
Li em voz alta. Não resisti!
Beijos carinhosos
Márcia
Meu bom mestre Carlos Brandão: sonho, acordo e percebo que a vida seria desolada se não houvesse canções de amor. Grata pela leitura do poema Miragens. Paz e bem, Grauninha
Marcia Sanchez, poetamiga: tuas palavras aquecem meu coração. Fico feliz que tenha gostado de Miragens. Agradeço a Ñanderu a sua doce presença. Bjos de luz, Grauninha
Graça ganhei um exemplar do seu Canto Mestizo e gostaria muito de dizer-lhe o quanto encantou-me a sua poesia. Seus poemas são profundos. Te confesso que me apaixonei por eles. Cariosamente quero acolher-te na minha biblioteca e no meu dia a dia.
Grande beijo.
Perpétua Amorim
Estimada Pepétua Amorim: você é muito generosa. Saiba que me faz muito feliz ver meu Canto Mestizo ser acolhido em sua biblioteca e na sua vida. Você parece uma pessoa muito sensível. Grata pelo carinho. Bjos de luz, Graça Graúna
Perpetua Amorim disse:
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Graça,
desculpa o atrevimento, mas achei que deveria mandar pra vc....
gosto de colocar minhas emoções no papel(ou melhor na tela do computador rsrs), seus poemas fizeram um redemoinho nas minhas entranhas.... o fato de vc citar o tempo, dar cores aos sentimentos muito me agrada, tenho vários textos com essa referências.
Bem, aí está... Beijos e mais uma vez obrigada - Perpétua Amorim
Tear do Tempo
Depois do choro, veio o silêncio
Forte e dolorido
como ele só
Palavras diminuídas
Sofridas
inúteis.
O tempo tece
sem parar
um manto azul
sem estrelas
sem sol
nem luar.
Uma Graúna me disse:
"Que a tristeza é azul."
Azul também é a vida
Muitas vezes mutilada
Outras tantas destruída.
Uma Graúna me disse:
“Viver é minuto
Morrer é momento”.
Hai(de)ti
Envolvido neste manto azul
Quase eterno.
Estimada Perpétua: grata mais uma vez, pela atenção aos meus escritos. Seu poema é lindo. Observei taqmbém que há nos versos uma referencia ao meu nome; não mereço tanto. Paz em Ñanderu, Graça Graúna
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