Quando o tempo do silêncio
assentar em nossos corações
a pedra do esquecimento
já não seremos aquela árvore vibrante
nem gozaremos com as vorazes cataratas
ao rumor da vida.
Quando ese tempo chegar
é certo que chorarei
sobre os restos mortais
do nosso verso-reverso.
É certo que chorarei
Sobre o nosso sudário.
Quando esse tempo chegar
a Paz e a Liberdade
de certo perguntarão:
– Vorazes cataratas ao rumor da vida,
sabedes nova do meu amado?
Sabedes nova do meu amigo?
Graça Graúna
Nordeste do Brasil, 25.jul.2008, Dia do Escritor
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