Direito Autoral

Desrespeitar os direitos autorais é crime previsto na Lei 9610/98.

16 agosto 2015

O sensual em cartaz: um legado poético




Dizem que a paixão é um sentimento efêmero, mas não é o que sugere a estreita relação entre autor, texto e leitor na saga da “Editora Mulheres Emergentes”, idealizada por Tânia Diniz, em Belo Horizonte/Minas Gerais. 
A boa relação vence o tempo. Por isso, faz parte desse amor o desejo, a confiança, o senso crítico, o respeito ao outro e a coragem de expor as vozes de mulheres de diversas regiões do Brasil e tantos outros países.  Com o propósito de levar ao público uma literatura que surpreende e provoca, e dereiterar o amor e o respeito ao fazer literário, a editora transformou o jornal mural“Mulheres Emergentes: o sensual em cartaz” em instrumento de luta: pelo menos, foiisso que eu intuí quando fui convidada a colaborar com o mural: um lugar incomumpara expor minhas inquietações em torno do ser e estar no mundo; onde me reconheciem cada verso escrito por escritoras(res) que contribuíram para a boa repercussão da Editora  M.E. Nesse ritmo, a Editora acolheu a parceria dos poetas Wilmar da Silva Andrade e Flávio César de Andrade que escreveram com Tania Diniz o livro “Bashô em Nós”, Coleção Milênio. A propósito de outros nomes publicados pela M.E,  cabe sublinhar: Adão Ventura, Barbara Lia, Berenice Heringer, Eliane Accioly Fonseca, Helton Gonçalves de Souza, Hugo Pontes, Johnny Batista Guimarães, Iara Vieira, Lúcia Serra, Sandro Starling, Silvia Anspach, Teruko Oda , Vera Casa Nova, e eu mesma, entre outros.
Editora M.E: um legado poético. Vinte e cinco anos de respiração movida pela paixão, pela arte. Vinte e cinco anos de poesia e resistência no trato da palavra oriunda de homens e mulheres que reafirmam a perenidade da arte e deixam, como afirma Tânia Diniz, “a mais profunda herança: o Belo”. Em síntese, seria redundância perguntar de onde vem a força que contribui para a sobrevivência da Editora ME?

                                                    Nordeste do Brasil, julho de 2015
  

Graça Graúna 
         (Povo potiguara /RN) profa., poeta, pesquisadora

01 agosto 2015

Poesia com a Mãe Terra

Poetas indígenas de todo o mundo se unirão no México: grito da terra

"(Idiomas) nos levam a um objetivo comum: aproximar-se a Mãe Terra com vozes e canções"

Imagem extraída do site:  www.adital.com.br

Quase uma centena de poetas de diferentes povos nativos dos cinco continentes se reunirão no México, em outubro 2016 como parte do primeiro Mundial da Poesia Encontro dos Povos Indígenas, concurso que tem como objetivo ser um grito de alarme sobre a crise ambiental na planeta. 

O evento, que foi apresentado hoje no âmbito do Festival Internacional de Poesia de Medellín, visa promover um movimento artístico que sensibilizar a humanidade convocando as diferentes expressões poéticas dos povos indígenas "em uma reunião mundial de vozes de cores" de acordo os promotores.
 

E é que "a poesia é o conteúdo que chorar" da terra, explicou à Efe Juan Gregorio Regino, um dos organizadores da reunião a ser realizada entre os dias 17 e 22 de Outubro do próximo ano.
 

Regino disse que esta reunião nasceu quando um grupo de pessoas perceberam que os ensinamentos dos povos indígenas pode servir "para unir em torno de um tema central, a deterioração do meio ambiente" um problema "que nos preocupa a todos."
 

Em sua opinião, a reunião terá uma essência especial, uma vez que os povos nativos em todo o mundo, não só levantar suas vozes para exigir "seus direitos à terra ou política, mas para chamar a atenção para a humanidade deste problema global" .
 

"É muito significativo que a partir de povos indígenas para o mundo esta chamada é feita porque eles mantêm um vínculo muito próximo com a natureza, divindades ou o ambiente e são o melhor que podemos discutir esta questão", acrescentou.
 

O festival, que será apresentado em diferentes sítios arqueológicos de pré-hispânica do México, vai ser adaptado às especificidades das culturas ancestrais, onde a poesia tem um papel-chave na cultura oral que é usado para transmitir conhecimentos e tradições.
 

Portanto, os participantes encontrar "poesia nem sempre escrito," de acordo com Regino.
 

"Também vamos conhecer um conceito de poesia que quebra a tradicional ocidental, com a coordenação entre palavra, dança e música. É uma perspectiva totalitária da arte e palavras. Tem que ser algo diferente", disse ele.
 

A reunião virá 80 poetas de 20 países em todo o mundo para recitar em mais de 30 línguas, o que para Natalio Hernández, membro do conselho de organização, não é um problema, porque "um mosaico de línguas que nos trazem" é gerada.
 

Hernandez, membro do povo Nahuatl, disse à Agência Efe que as línguas faladas agora "são classificados em cada um dos países", mas "vibrar e cantar uma música juntos."
 

"(As línguas) vai nos levar a um propósito comum: aproximar-se a Mãe Terra com vozes e canções", disse ele.
 

Neste sentido, ressaltou a importância dos povos indígenas são aqueles que tomar a palavra, porque "sempre tiveram uma relação muito próxima com a terra."
 

O poeta, que também participar do Festival Internacional de Medellin, exemplificou essa relação com as pessoas que, para este dia, "ainda fazer a sua fogueira em um relacionamento direto com a terra não com estes instrumentos e equipamentos eletrônicos".
 

Isso pode ser especialmente visto na Austrália ", onde mantêm uma estreita relação com a agricultura e pastagem", que cria um vínculo muito forte, disse Hernandez.
 

Esta primeira reunião terá lugar no México, porque, de acordo com a comissão organizadora, "é um líder internacional na promoção e difusão da literatura em línguas indígenas".
 

Entre os objetivos dos promotores é consolidar o evento anualmente e tem a sua sede girar pelos países dos cinco continentes.

  
FONTE: Jornal Libre.co (República Dominicana) e José Vasquez Gaviria