Dizem que a paixão é um
sentimento efêmero, mas não é o que sugere a estreita relação entre autor,
texto e leitor na saga da “Editora Mulheres Emergentes”, idealizada por
Tânia Diniz, em Belo Horizonte/Minas Gerais.
A boa relação vence o
tempo. Por isso, faz parte desse amor o desejo, a confiança, o senso
crítico, o respeito ao outro e a coragem de expor as vozes de mulheres de
diversas regiões do Brasil e tantos outros países.
Com o propósito de levar ao público uma
literatura que surpreende e provoca, e dereiterar o amor e o respeito ao fazer
literário, a editora transformou o jornal mural“Mulheres Emergentes: o sensual
em cartaz” em instrumento de luta: pelo menos, foiisso que eu intuí quando fui
convidada a colaborar com o mural: um lugar incomumpara expor minhas
inquietações em torno do ser e estar no mundo; onde me reconheciem cada verso
escrito por escritoras(res) que contribuíram para a boa repercussão da
Editora M.E. Nesse ritmo, a Editora acolheu a parceria dos poetas Wilmar
da Silva Andrade e Flávio César de Andrade que escreveram com Tania Diniz
o livro “Bashô em Nós”, Coleção Milênio. A propósito de outros nomes
publicados pela M.E, cabe sublinhar: Adão Ventura, Barbara Lia,
Berenice Heringer, Eliane Accioly Fonseca, Helton Gonçalves de Souza, Hugo
Pontes, Johnny Batista Guimarães, Iara Vieira, Lúcia Serra, Sandro
Starling, Silvia Anspach, Teruko Oda , Vera Casa Nova, e eu mesma, entre
outros.
Editora M.E: um legado
poético. Vinte e cinco anos de respiração movida pela paixão, pela arte.
Vinte e cinco anos de poesia e resistência no trato da palavra oriunda de
homens e mulheres que reafirmam a perenidade da arte e deixam, como afirma
Tânia Diniz, “a mais profunda herança: o Belo”. Em síntese, seria redundância
perguntar de onde vem a força que contribui para a sobrevivência da
Editora ME?
Nordeste do Brasil, julho de 2015
Nordeste do Brasil, julho de 2015
Graça Graúna
(Povo potiguara /RN) profa., poeta, pesquisadora
(Povo potiguara /RN) profa., poeta, pesquisadora