Em junho de 2016, a convite da pesquisadora Mayra Fonseca, participei do Projeto Brasis, quando abordei junto a outros mestres da Cultura Brasileira o tema "Outras narrativas: a literatura como plataforma para compartilhar outros modelos de pensamento e aproximar mundos". Participar do Projeto Brasis foi e continua sendo uma das ações mais importantes da minha vida de cidadã, mulher indígena, educadora, escritora. Minha gratidão a Mayra Fonseca e a todos pelo presente maravilhoso em forma de vídeo e exposição sobre o meu poema "Canção peregrina". Que Ñanderu, Deus, Tupã e todos os Orixás acolham a todos(as) na tessitura de muitas histórias e diferentes etnias.
Saudaçoões indígenas,
Graça Graúna
Obs.: na sequência, o e-mail que recebi da amiga e pesquisadora Mayra Fonseca
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Graúna, minha querida.
Como você está?
Por aqui, muito trabalho e bastante correria. Como parte do trajeto da residência Os Brasis em São Paulo, vamos abrir a exposição no Red Bull Station no dia 22 de novembro: sinta-se convidada e faço questão de que convide quem achar adequado.
Mas, agora, te escrevo para compartilhar em primeira mão uma decisão. A tua fala nos tocou e nos despertou muito no dia de abertura do festival. Todos ficamos emocionados e nos sentimos chamados pela canção peregrina.
Por isso, decidimos, como você tinha me autorizado, usar o texto do poema como insumo para duas obras como agradecimento e homenagem a você e todos os nosso povos indígenas:
_ este vídeo, declamado por muitos de nós no festival, é o primeiro chamado para a exposição e para que a cidade de São Paulo perceba todos os povos que a habitam
_ na exposição, teremos uma parede que também fará referência ao poema: vamos instalar uma grande corda azul caindo do texto em vasos com contas e miçangas, vamos um convidar os visitantes a preencher o fio com as contas e miçangas, tecendo um colar. Na parede, estará escrito: "eu tenho um colar de muitas histórias e diferentes etnias".
Tanto aqui no vídeo como na parede, faremos referência a você como a autora.
Fique à vontade para divulgar essa peça como achar melhor e para usá-la em qualquer situação que achar adequado, ela é tua.
Um grande beijo.
Saudações indígenas.
Mayra
Como você está?
Por aqui, muito trabalho e bastante correria. Como parte do trajeto da residência Os Brasis em São Paulo, vamos abrir a exposição no Red Bull Station no dia 22 de novembro: sinta-se convidada e faço questão de que convide quem achar adequado.
Mas, agora, te escrevo para compartilhar em primeira mão uma decisão. A tua fala nos tocou e nos despertou muito no dia de abertura do festival. Todos ficamos emocionados e nos sentimos chamados pela canção peregrina.
Por isso, decidimos, como você tinha me autorizado, usar o texto do poema como insumo para duas obras como agradecimento e homenagem a você e todos os nosso povos indígenas:
_ este vídeo, declamado por muitos de nós no festival, é o primeiro chamado para a exposição e para que a cidade de São Paulo perceba todos os povos que a habitam
_ na exposição, teremos uma parede que também fará referência ao poema: vamos instalar uma grande corda azul caindo do texto em vasos com contas e miçangas, vamos um convidar os visitantes a preencher o fio com as contas e miçangas, tecendo um colar. Na parede, estará escrito: "eu tenho um colar de muitas histórias e diferentes etnias".
Tanto aqui no vídeo como na parede, faremos referência a você como a autora.
Fique à vontade para divulgar essa peça como achar melhor e para usá-la em qualquer situação que achar adequado, ela é tua.
Um grande beijo.
Saudações indígenas.
Mayra