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19 janeiro 2010

Miragens

Imagem: Pierre Bonnard


À meia luz
escudados nos sonhos
despistaram o medo de amar
e só diante do espelho admitiram
que a nudez é um perigo
capaz de intimidar o Amor
...depois do amor a espera
sem pressa, sem dor
depois do amor
o desejo natural
de repousar entre lençóis
e continuar a loucura
que não se vê em jornais.
Escudados nos sonhos
beberam a angústia do ser
na boca molhada de suor e sexo
seguindo o infinito
neste sopro de adeus...


Graça Graúna
Sobrevoando o cerrado/DF, em 12.jan.2010

Nota: poema publicado no Overmundo

10 comentários:

  1. muito bom...um repouso dos deuses e anjos...
    Linda visão depois do amor...


    bjus

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  2. Cintia, poetamiga: seja sempre bem-vinda. Seus comentários recebo-os como presentes vindos dos deuses. Paz em Ñanderu.

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  3. Poema de paz, serenindade.
    Um alento no coração.
    Beijo.

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  4. Grauninha querida, que poeeeeemmmaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!!

    "...Escudados nos sonhos
    beberam a angústia do ser..."


    Li em voz alta. Não resisti!

    Beijos carinhosos

    Márcia

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  5. Meu bom mestre Carlos Brandão: sonho, acordo e percebo que a vida seria desolada se não houvesse canções de amor. Grata pela leitura do poema Miragens. Paz e bem, Grauninha

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  6. Marcia Sanchez, poetamiga: tuas palavras aquecem meu coração. Fico feliz que tenha gostado de Miragens. Agradeço a Ñanderu a sua doce presença. Bjos de luz, Grauninha

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  7. Graça ganhei um exemplar do seu Canto Mestizo e gostaria muito de dizer-lhe o quanto encantou-me a sua poesia. Seus poemas são profundos. Te confesso que me apaixonei por eles. Cariosamente quero acolher-te na minha biblioteca e no meu dia a dia.
    Grande beijo.
    Perpétua Amorim

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  8. Estimada Pepétua Amorim: você é muito generosa. Saiba que me faz muito feliz ver meu Canto Mestizo ser acolhido em sua biblioteca e na sua vida. Você parece uma pessoa muito sensível. Grata pelo carinho. Bjos de luz, Graça Graúna

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  9. Perpetua Amorim disse:
    --------------------------
    Graça,
    desculpa o atrevimento, mas achei que deveria mandar pra vc....
    gosto de colocar minhas emoções no papel(ou melhor na tela do computador rsrs), seus poemas fizeram um redemoinho nas minhas entranhas.... o fato de vc citar o tempo, dar cores aos sentimentos muito me agrada, tenho vários textos com essa referências.

    Bem, aí está... Beijos e mais uma vez obrigada - Perpétua Amorim


    Tear do Tempo

    Depois do choro, veio o silêncio
    Forte e dolorido
    como ele só
    Palavras diminuídas
    Sofridas
    inúteis.

    O tempo tece
    sem parar
    um manto azul
    sem estrelas
    sem sol
    nem luar.

    Uma Graúna me disse:
    "Que a tristeza é azul."

    Azul também é a vida
    Muitas vezes mutilada
    Outras tantas destruída.

    Uma Graúna me disse:
    “Viver é minuto
    Morrer é momento”.

    Hai(de)ti
    Envolvido neste manto azul
    Quase eterno.

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  10. Estimada Perpétua: grata mais uma vez, pela atenção aos meus escritos. Seu poema é lindo. Observei taqmbém que há nos versos uma referencia ao meu nome; não mereço tanto. Paz em Ñanderu, Graça Graúna

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