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08 outubro 2011

Mulheres africanas conquistam o Nobel da Paz


Imagem extraída do Google
Texto: Graça Graúna
           Desde o início da campanha sobre o Nobel da Paz para mulheres africanas, não pensei duas vezes para acolher neste Blog  a ideia de acompanhar a luta dessas mulheres. No Brasil, a campanha muito divulgada também pela Agência de Notícias Adital foi se juntando à força de blogueiros, professores, estudantes, escritores, ativistas de direitos humanos e uma porção de gente corajosa que acredita na luta pela não violência. Fico feliz em ver o Nobel da Paz destinado a três mulheres guerreiras originárias da África; uma alegria igual a que senti quando uma mulher indígena guatemalteca - Rigoberta Menchu - foi agraciada também pelo Nobel da Paz, em 1992, por seu ativismo pelos direitos humanos.


Rigoberta Menchu - Imagem extraída do Google

          Conforme o site da Adital, a campanha nasceu  na Itália e  percorreu o mundo para incentivar a entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2011 para as mulheres africanas. "A proposta é da CIPSI, coordenação de 48 associações de solidariedade internacional, e da ChiAma África, surgida no Senegal, em Dakar, durante o seminário internacional por um Novo Pacto de Solidariedade entre Europa e África, que aconteceu de 28 a 30 de dezembro de 2008" (cf. Adital).

As três mulheres africanas agraciadas com o Premio Nobel da Paz são: ELLEN JOHNSON-SIRLEAF, da Libéria; a sua colega iemenita TAWAKKUL GBOWEE e KARMAN. A luta dessas mulheres tem como característica a não violência; a segurança das mulheres e os direitos das mulheres nos trabalhos de pacificação, conforme informações do  Comitê Norueguês do Nobel. 
SIRELAF JOHNSON, filha do primeiro indígena eleito da Libéria -  é a presidente democraticamente eleita e a primeira mulher da Libéria, desde 2006. Viveu grande parte de sua vida nos Estados Unidos como funcionária do Banco Mundial. 
A outra ganhadora do Noebel é GBOWEE, aos 39 anos; ativista política, integrada ao movimento pela paz, denunciou a última guerra civil que devastou a Libéria de 1999-2003 e que terminou com a eleição de Johnson-Sirelaf. 
Também recebeu o prêmio a iemenita TAWAKKUL KARMAN; líder do grupo de mulheres jornalistas que ela fundou em 2005. A luta de Karman é marcada também por seus protestos contra Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen.
Os prêmios serão apresentados formalmente em duas cerimônias paralelas em 10 de dezembro de 2011, em Estocolmo, na Suécia. 

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