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22 dezembro 2010

Indígenas são os mais pobres do mundo, diz Banco Mundial.

 
Povo  Guajajara (aldeia Maraçaranduba,  povoado Três Bocas, em Alto Alegre do Pindaré, São Luís do Maranhão). Imagem: http://revistaecologica.com


Estudo faz um mapa das condições sociais de indígenas em sete países entre 2005 e 2010.
Os indígenas ainda são os mais afetados pela pobreza, baixo nível educacional e maior incidência de doenças, revela um estudo do Banco Mundial, em parceria com o Fundo para o Desenvolvimento Sustentável Social e do Meio Ambiente.
Segundo a pesquisa, os indígenas são mais discriminados do que outros grupos.

Pobreza

O estudo dá uma visão geral de uma série de indicadores referentes a esses povos e mostra como as condições sociais dos indígenas evoluíram entre 2005 e 2010 na República Centro-Africana, China, Congo, Gabão, Índia, Laos e Vietnã.
A pesquisa abrange a primeira metade da Segunda Década Internacional das Populações Indígenas do Mundo.
O relatório tem como objetivo documentar a situação de pobreza dos povos indígenas que vivem fora do continente americano, da Nova Zelândia e da Austrália.

Colonização

Numa entrevista à Rádio ONU, Marcos Terena, membro da Cátedra Indígena Internacional, disse que os interesses econômicos afetaram as condições de vida dessas populações.
"A pobreza para os povos indígenas nunca existiu. Ela começa a aparecer no momento em que o colonizador leva em conta o potencial energético, o potencial comercial de cada região indígena. Nós queremos mostrar que é possível construir aquilo que a modernidade chama de mundo melhor, através de um compromisso com o futuro, onde os recursos financeiros não sejam a base da moeda da vida, mas seja a base também de um tipo de mundo que queremos deixar para as novas gerações."
Mas alguns países têm feito progressos para melhorar as condições de vida dessas populações. O estudo aponta que as taxas de pobreza diminuíram de forma expressiva entre os indígenas na Ásia.
O Banco Mundial e especialistas de várias instituições se reúnem nesta segunda-feira em Washington para debater o assunto.

Fonte: Rádio ONU, em Nova York.

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