A sensação de quem vive ou está só
pode ser comparada a uma pedra
que emerge da escuridão da terra
qual diamante que brilha feito sol.
A solidão é dádiva da vida
é meta suprema, dá força ao ser
embora não seja para todos
a solidão faz parte do crescer
é meta suprema, dá força ao ser
embora não seja para todos
a solidão faz parte do crescer
ainda que da prisão a luz sufoque
e as chagas do tempo libertem o ser
a resistência desabrocha enfim
e ao perceber o reflexo da clausura
é acolhendo o interior da pedra
que se compõe a leveza do ser
é acolhendo o interior da pedra
que se compõe a leveza do ser
Graça Graúna, Nordeste do Brasil, 22 de maio de 2009
NOTA: poema publicado no Overmundo.
15 comentários:
Para ilustrar o poema "Dádiva", escolhi essa tela de Vang Gogh por múltiplas razões, entre elas: o café, enquanto lugar, possibilita a associação entre acontecimentos da vida pública e privada; é um lugar que revela o entrecruzamento de memórias. Tenho impressão que num lugar assim, Van Gohg pintou a sua solidão entremeada de profundas histórias que ele escutou pela vida.
Todos nós somos pedras
com cernes nobres
basta que, quando em nossa solidão
tenhamos a oportunidade de reconhecer essa dádiva...
Van Gogh sabia da sua...
perfeito, Graúna
um beijo
Joe
A memória é de ouro,
é o amarelo de Van Gogh,
é o tesouro de Deus.
Beijos.
Meu querido Mestre Carlos Brandão: sou uma pessoa privilegiada em ter a oportunidade de receber seus comentarios ao meus escritos e como se não bastasse tenho o seu afeto e o de Sônia; vocês são um tesouro. Grata, mais uma vez, pela atenção.
Meu querido Brazuca: sim, todos nós somos uma pedra que Ñanderu pôs no mundo. E sua presença JOE é uma dádiva. Bjos, Grauninha
E nasce o pema dessa tensão, né Graça?. dessas pedras se brilham na solidão. o poema/pedra se fecha qdo se abre pra nós leitores. E nisso vc é mestra pra traduzir esses choques entre os dentros e os foras;))
saudades da lindesa.
CD - Diviníssima Cristura, Bea, irmã de luta: tuas impressões acerca dos meus escrito só vem aumentar ainda mais a minha responsabilidade. Menina, olha só o que você diz...ôxi....quisera eu poder traduzir os falares da pedras. Minha linda, fica com Ñanderu. Bjos, Grauninha
Por mais que estejamos acompanhados, a solidão é a razão do dizer que temos de nós mesmos.
Tristes daqueles que não acolhem o interior da pedra!
Paz em Ñanderu.
Meu querido Roberto Carvalho: me alegra e comove a sua presença poética. Grata por acolher o meu poema. Bjos
A pedra inscrustada de que falei em Bruma. É esta a pedra que brilha, mesmo através das brumas da solidão e da poesia...
Lindo, Graça.
Beijos
Nydia: seu comentario traduz a grandeza o seu coração. Grata pela visita.Bjos. Grauninha
Querida amiga,
A solidão é uma ferramenta para lapidar a vida.
Lindo poema.
Beijinhos.
Sonia Brandão: nunca é demais reiterar que eu aprendo muito com você. Grata pela encantadora visita.
adoro os cafezinhos do van Gogh
nossos corpos
- vasos das mesmas mãos
veneram opostos
- hóstias hostis
Priscila, poetamiga: estou aqui pra dizer que gostei da sua visita em meu blog e dizer também que a tua poesia começa a fazer parte das coisas que amo. Paz em Ñanderu (O Grande Criador do Universo, em guarani). Grauninha
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