Pelo
fortalecimento dos Povos Indígenas do Mundo
Graça Graúna (povo Potiguara/RN)
Com o tema “Migração e movimento”, a Unesco – por meio da diretora-geral Audrey Azoulay – reafirmou o compromisso com a Declaração das Nações Unidas sobre os
Direitos dos Povos Indígenas, aprovada em 2007; convocando a comunidade
internacional a "se mobilizar para assegurar total respeito pela dignidade, pelo
bem-estar e pelas liberdades fundamentais dos povos indígenas” (UNESCO, 2018),
e comemorar o Dia Internacional dos povos autóctones.
Nesta perspectiva, tomo a liberdade de
compartilhar um poema escrito por Ailton Krenak (liderança indígena). O parente
Krenak escreveu em 2005 (na Serra do Cipó, Minas Gerais) o poema “Continuum”. Generosamente,
ele o declamou, nos dias 2 e 3 de agosto de 2018, numa roda de conversa;
durante o Simpósio “Literatura indígena em perspectiva” e na mesa-redonda
“Vozes ameríndias da decolonização: escrita e práxis”, no Congresso
Internacional da Abralic 2018, em Uberlândia/MG. A temática da Abralic 2018
provocou reflexões acerca de tramas, circulação e sentidos na literatura. Nesse
ritmo, a mesa “Vozes Ameríndias” nos aproximou (em vários sentidos) das canoas,
dos rios e riachos; das montanhas, das serras; das lutas, dos sonhos.
E a propósito do 9 de agosto, dedicado aos Povos
Indígenas; aos parentes indígenas (da floresta e da cidade) evoco a defesa dos
diretos indígenas; o direito de sonhar um mundo melhor; evoco os sentidos da
literatura indígena e tudo que nos aproxime da poesia necessária, do poema
“Continuum, de Ailton Krenak-poeta-xamã:
Cantando/dançando
passando sobre o fogo
seguimos
no continuum
da tradição
no rastro de nossos
Ancestrais
Nordeste do Brasil, 8 de agosto de 2018
Um comentário:
Participei da Abralic e tive a felicidade de assistir à mesa referida pela grande escritora Graça Graúna: excelente, belíssima e necessária. Viva os povos autóctones!!! Obrigada, Graça, por ter publicado este texto tão bonito e por sua emocionante participação no evento citado neste blog, inclusive trazendo novamente a público a bela e visceral poesia de Ailton Krenak.
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