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20 maio 2009
Poesia, simplesmente
é tudo que me fica do instante
entre a vida e a morte
de mãos dadas
devemos seguir
ainda que os nossos eus se encontrem
perdidos no perdido.
Infelizmente
acordei assim, meio nublada,
pois me custa aceitar
o luto da poesia
mas a luta continua
Mario Benedetti
poeta boa gente
Graça Graúna, Nordeste do Brasil, 20 de maio de 2009
NOTA: ao ler o poema “O túnel”, do pernambucano Pessoa de Melo, observei a sintonia que os seus versos provocaram em RaiBlue, C.Campello, Jéfte, Mirtes (amigos no Overmundo) e em mim também. Revendo o meu comentário, dou conta de que me referi à tristeza de não ler mais Benedetti-em-vida. Ele se foi, mas a sua poesia fica tocando todos(as) nós pela Essência.
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12 comentários:
Sim, Graça ele se foi. Mas aos 84 anos e deixou uma obra magnífica.
enlutados estamos mas ele está çivre, pronto pra fazer outros versos.
Beijos e desnuble-se;))
Minha querida CD: com você por perto fica menos pesado o luto, mas sei que a luta continua e a poesia reclama a liberdade do voo. Paz em Ñanderu, Grauninha
Graça, é sempre triste a morte. Podemos dizer que a poesia não morre. Ou que a alma - outro nome da poesia - não morre. Mas nós que ficamos, ficamos tristes. Mais aumenta em nós a ânsia do absoluto - quando alguém, ainda mais um poeta, parte para o absoluto.
Paz e Bem!
Carlos Brandão, meu querido Mestre: permita-me confessar uma coisa, mas não zombe de mim. Antes de abrir o seu e-mail eu estava meditando uma mandala (sempre que arranjo um tempinho faço isso, mas não sou fanática); bom, na leitura que fiz destaquei o seguinte: " Quando o cisne da alma enfim alça voo, ele não precisa de mapas e sinalizações" (Vijay Bhattacharya). Vi nesta citação um anunciado da sua reflexão. Assim, mais uma uma vez gracias mil por você existir e pela generosidade de arrecadar um pedacinho do seu precioso tempo para tecer riquissimos comentarios em torno da minha acanhada poesia. Paz em Ñanderu/Deus, Grauninha.
Acabei de visitar o blog da Maria Limeira e encontrei um poema que me fez lembrar dessa sua postagem.
Aceite esse poema com o meu carinho e afeto:
TRÊS RESPOSTAS
Maria José Limeira
A morte passará ao largo
de quem faz da Poesia vida,
de quem dorme de olhos abertos,
de quem troca instante fugaz
por eternidade.
As estrelas brilharão cada vez mais,
sacudindo a poeira do tempo.
Darão risadas ao redor da lua,
ainda que no meio dos mais tormentosos
temporais.
Os sonhos não fenecerão.
Serão guardados em baús aquecidos.
No momento certo, florirão
hasteados na palavra exata:
Liberdade.
Querida Graça,
Postei o poema em meu blogue.
Essa postagem é para você!
Também sou fã de Benedetti... E agora que li seu blog sou sua fã tb...
Graça que sorri em minha tela acesa, que cintila agora com seu poema de homenagem ao poeta Mario Benedetti... Alguém que deixa suas letras como herança à esta humanidade carente de poesia...
Beijos - ficou lindo seu poema!
Fernanda: seja sempre bem-vinda e grata pelo carinho.
Minha querida Madalena Barranco: dou graças a Ñanderu por fazer parte da sua companhia. Fico feliz que tenha apreciado minha pequenqa homenagem ao grande Benedetti. Bjos, Grauninha
Querida Leonor: muito grata, de coração, pelo carinho, pela atenção. Este seu espaço
é luminoso e me deixa também muito feliz encontrar, aqui, pessoas maravilhosas a exemplo de Madalena Barranco, Bonetti. Adorei o poema da Limeira. Paz em Ñanderu pra você e pra todos(as) que compartilham do seu blog. Bjos, Grauninha
Querida Leonor: agradedcida, mais uma vez, por sua atenção aos meus escritos. Visitei o seu blog e deixei lá um recadinho a respeito também da poesia de Limeira. Bjos.
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