imagem: http://racismoambiental.net.br/
Não conheci dona Ana da Luz Fortes do Nascimento
(Fen’Nó), essa guerreira da nação Kaingang, mas seu pensamento me vestiu
de coragem pra enfrentar também os desafios do meio acadêmico.
Foi em março de
1999 que eu vi a reportagem de capa do Jornal Porantim dedicado a uma anciã
kaingang; uma homenagem pelo dia da mulher. Quando li as palavras de Fen’Nó, no Jornal Porantim, intui que eu deveria – a partir de então –
compartilhar o seu pensamento com os meus alunos e com todos interessados pela
nossa cultura.
Aprendi com Fen’Nó que nós mulheres indígenas “somos
fecundas. (...) Somos a multiplicação
das lutas como a terra multiplica o cereal plantado. Somos a raiz da
esperança”. Hoje, tomei conhecimento que Fen’Nó habita agora entre as
estrelas. Tenho certeza que Fen’Nó está bem pertinho de Ñanderu, intercedendo
por todos nós e multiplicando a nossa esperança de um mundo melhor.
No meu livro “Contrapontos da literatura
indígena contemporânea..”, dedico o cap.3 à poesia escrita por mulheres
indígenas e é justamente nesse capitulo que o pensamento de Fen’Nó me
guia para relatar um pouco da nossa cultura indígena.
A luta continua, Fen’Nó..
Que Ñanderu nos acolha,
Nordeste do Brasil, Graça
Graúna
Mana, GG, grão amoroso e guerreiro, comovente o que foi Fen'Nó! Comovente a tua escrita!
ResponderExcluirBeijo comovido!
Querido Ademario: a boa energia de Fen´Nó e tanta... por isso mesmo creio que ela está zelando por nós aqui na terra. Saudades de você também. Bjos, Graça Graúna
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