Imagem extraída do Google.
Autoria: Iris Ferreira Cruz (Brasília/DF)
Quando tinha 2 anos ia caminhar todos os dias com minha vó... e
o porteiro me dizia: “Bom dia, pequena!!” , logo... eu respondia: “Não sou
pequena, sou grande igual a minha vó!!”. Minha vozinha, hoje, é menor que
eu... e sei lá minha atura, mas de 1,58 não passo!! Quando
comecei a dar aula pra um bando de pimpolho vi a força com que esses
pinguinhos de gente dizem ser tão grande!! E num é que eles têm razão...
são maiores que muita gente por aí!! Não brincam de dissimular o mundo,
porque brincam dizendo a verdade... não querem esconder nada, refletem desde
uma simples “conversa entre bonecas” até numa resposta a realidade em que
vivem: “Não tenho nem irmão, nem irmã porque minha mãe precisa passar num
concurso primeiro”!! É um povo que mostra o caráter, que não tem medo de
aprender, mas é preciso tomar cuidado com o que ensina!! Eles tem a arte de
contagiar sorriso e fazer tantas perguntas pra descobrir o mundo... mas ao
mesmo tempo dizem saber de tudo!! Inventam histórias com a imaginação do tamanho
de um elefante: “Não estou muito bem hoje, porque quando estava vindo pra
escola um tubarão me mordeu!!”. Dão cambalhota pra ver de um jeito
diferente e mostram o maior sorriso do mundo pra falar de quem admira:
“Hoje é meu pai que vem me buscar, ele faz tanta bagunça...”!! Têm um
pensamento tão limpo que acreditam que o pum de alguém que gostam pode ter
cheiro de flor!! É um povo bonito e inteligente... que sabe quando é preciso
parar a bagunça: “Pode mandar um bilhetinho pra minha mãe, dizendo que me comportei
muito bem hoje?! ...... Oba!!agora vou poder jogar vídeo game de noite”!! É uma
galera difícil de convencer, mas que com um combinado tudo se resolve... Deixam
uma pessoa doidinha quando só aceitam ser chamados por nomes de príncipes,
princesas, super heróis... mas deixam o coração sempre mole: ”Gosto tanto de
você, você é minha professora mais doidinha”!! Imagina só ... pensar o
que fazer com um monte de gente pequena olhando pra você... esperando que os
faça rir, mas nos final são eles que te fazem sorrir... você dança, ensina
palavras novas, corre, pula e quando vê... eles estão fazendo tudo igualzinho a
você... Olho pra minha bisa, olho pra minha vó... e vejo a força das crianças
correndo pra abraçar o mundo!!
Iris, você escreveu uma cronica muito linda, emocionante mesmo; pois me parece um corajoso exercício de escrita acerca dessa profissão que nos une: ser professora, ou mais que isso, ser educadora; ou melhor, ser gente que vive e luta pra tornar o mundo melhor. Fico muito feliz pela sua sensibilidade e coragem de se expor por meio da escrita, da vida. Você escreve muito bem e os seus pupilos devem curtir bastante o seu jeito de ensiná-los a enxergar o mundo.
ResponderExcluirParabéns,
Vovó Graça
Que crônica mais graciosa, Iris! Parabéns e continue escrevendo, sempre.
ResponderExcluirMárcia
Querida Márcia, obrigada por sua doce presença. Repassarei seu comentário à autora da crônica: a minha neta Iris. Bjos, paz e bem
ResponderExcluirGrauninha
Íris, que linda crônica no blog da Graça! Quanta graça irisdiscente dessa gente grande pela grande criança que é a Íris...
ResponderExcluirÍris na Graça - Graça na Íris!
AR, você é um parente muito querido. Transmitirei à Iris o se comentário. Bom demais te ver por aqui. Paz e bem, GG.
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