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21 março 2010

À deriva

Barcos. Ana Cotta, Flickr

miro a tua ausência
no labirinto de espelhos quebrados
no quarto que era meu e teu
diviso o clarão da lua
e na janela teu olhar
perdido no perdido
entre as grades dos prédios
ninguém vê
estou à deriva


Graça Graúna
Nordeste do Brasil, dia da poesia, 2010.

Nota: poema disponível também no Overmundo

12 comentários:

  1. Querida Graúna,
    gostei da imagem do "labirinto de espelhos quebrados" de seu poema sensível.

    bjs

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  2. Sônia Brandão, poetamiga: esses dias de março tenho andado meio down, mirando minha imagem de mulher no labirinto de espelhos partidos. Cada amor que acaba parece um caco de vidro pela crueza do corte que pode provocar, pela terrivel transparência que nem sempre conseguimos alcançar. Então, em meio a essa dor busco refugio na poesia e assim vou me vestindo de coragem e esperança para emergir mais inteira apesar dos cacos de vidro. Feliz dia da poesia para todos(as) nós. Paz em Ñanderu, Grauninha

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  3. Lindo grauninha.
    Beleza de post.
    Nos fragmentos do espelho poderá refletir o mosaico de quem procuras.

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  4. Meu querido Jairo: fico feliz que esteja aqui, compartilhando das minhas inquietações poeticas. Você é um grande sábio. Bjos, Grauninha

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  5. A ausência - o vazio - é o nada ...
    A nau da vida à deriva
    é nau vazia
    sem capitão
    sem marujos

    Belo !

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  6. IvanCezar, poetamigo: fico feliz em saber que você vê coisas belas no que escrevo. Muito grata por sua doce presença. Paz em Ñanderu, Grauninha

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  7. um descoberta feliz, sua página e seus poemas, dos trincados versos, o encontro que somente a peosia oferece.

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  8. Querida Tânia: seja sempre bem-vinda ao meu blog e gratíssima por sua preciosa atenção aos meus escritos. Paz em Ñanderu, Graça Graúna

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  9. E com a graça da Graça não fico à deriva. Lindo poema e belíssimo blog. Abreijos!!!

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  10. Dayvson do meu coração: linda suarpresa a sua leitura do poema `A deriva. Saudades, Grauninha

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  11. ôxi, que coisa bela, coisa de índio, coisa de terra, e no fundo os mesmos medos e a mesma solidão da gente de todo mundo e de todos os povos!

    Cheguei e gostei...

    Beijos pra você!

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  12. Tania: o teu comentario ao meu poema "À deriva" se transforma num belo presente neste dia dedicado aos povos indígenas. Grata pela leitura. Paz em Ñanderu.

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