Imagem: Flickr
Graça Graúna
Nordeste do Brasil,
Os reis mag(r)os lentamente
caminham pelo sertão
anunciam que a vida
é de curta duração
enquanto o sol arrebentar
em pedacinhos o chão
Léguas e luas de sede
ovos de camaleão
mas nem tudo está perdido:
na direção da estrela
a flor do mandacaru
dá esperança ao sertão
caminham pelo sertão
anunciam que a vida
é de curta duração
enquanto o sol arrebentar
em pedacinhos o chão
Léguas e luas de sede
ovos de camaleão
mas nem tudo está perdido:
na direção da estrela
a flor do mandacaru
dá esperança ao sertão
Graça Graúna
Nordeste do Brasil,
poema publicado originalmente em cartão postal, em dezembro de 1981.
Nota: poema publicado no Overmundo
Na madrugada hem...
ResponderExcluirMaravilha de poema amiga.
ResponderExcluirBeijao
...pois é, minha parente Caingang: aqui no Nordeste a gente madruga...risos...bjos.
ResponderExcluirReis "magros"...
ResponderExcluirNo País da moral delgada
Existem políticos magos
E uma nação degolada
Bj
Meu querido Ivan: é uma honra muito grande para mim receber sua visita e comentário tão poético no meu blog. Bjos de luz, Grauninha
ResponderExcluirOi! Minha segunda mensagem nao chegou a net caiu. Esse poema é maravilhoso. Léguas e luas de sede ovos de camaleao.
ResponderExcluirBeijos
Iracema Caingang - minha irmanzinha em Ñanderu, adoro sua ppresença, viu? Grata pela leitura e votos de Esperança pelo Natal. Bjos, Grauninha.
ResponderExcluirOlá, minha irmã Caingang: grata por sua doce presença. Bjos.
ResponderExcluirDe uma sensibilidade imensa tua analogia: reis e retirantes...
ResponderExcluirA estrela anunciante, o sol maior.
...
Deixo-te algo meu, como filha de sol forte que sou:
Quando tu me [Nor]deste tua sede
Sou desértica em sede
semântica de ser
Nordeste.
Descalça descaminho
por paisagens não-verbais
Espinho.
Fotossíntese em sintaxe
sol que chora, cora e arde
[pela chuva]
Sertão.
Soul nublada.
Soul crepúscula.
Meu poema feito ave
[de arribação].
...
Nos sulcos desse solo
Inscrevo-me em entrelinhas
Escorro-me em desalinho.
.
Se
Rio seco
Sorrio em cheio
[boca sequiosa a olhar o céu]
.
É quando conto preces miudinhas
Nas contas das mãos rezadeiras
mulheres rendeiras
não se rendem à falta de
[bordam-se da fé que alguém perdeu]
.
Povo meu!
Segue o desvio da sua sina
lavadeiras sem leito, sem foz
sem vozes justiceiras
vagueando à luz de serem
candeeiras, lamparinas
em seus passos pacientes
de Sinhá Vitória rouca,
de esperança Severina.
.
Katyuscia Carvalho
Um beijo.
Katyuscia, estimada: só agora arrecadei um tempinho para agradecer sua presença tão poética em meu blog. Gostei do seu poema. Grata por existir, Graça Graúna
ResponderExcluirFeliz 2010!!!