Poema I
O GUARANI
Sepé Tiaraju foi um guerreiro
defendeu com a vida o rincão
da caça, da pesca e do plantio
do guarani contra a invasão
Da real história poucos sabem
o que se deu no século dezoito.
Sepé Tiaraju morto em combate
em nome da cultura do seu povo.
Junto a mil e quinhentos guaranis
afirmando que “esta terra já tem dono”.
na luta contra o mal ele morreu
Mas contam lá em São Miguel
quando a noite parece mais pituma
o guerreiro Sepé vira uma estrela
Poema II
ALMAS PEREGRINAS
Entre as histórias mais belas
do Rio Grande do Sul
é impossível esquecer
a canção de amor e morte
de Pulquéria e Tiaraju.
Na antiga São Miguel
com a lua por testemunha
em meio a flores silvestres
onde pousam tantos pássaros
se encontram os amantes.
É um amor tão bonito
que Ñanderu nos faz ver
o que há de mais sagrado
na história de Pulquéria
e o seu amor por Sepé.
Foi na Guerra das Missões
que o amado parente
enfrentou as duras penas
e as lágrimas de Pulquéria
deram luz a uma nascente
Diz a lenda que Pulquéria
no rio ainda se banha
enquanto o guerreiro amado
segue o Cruzeiro do Sul
quando a noite é mais pituma.
Poema III
MULTIPLICANDO A SEMENTE
Foi Sepé Tiaraju
que pela vida ensinou
multiplicou a semente
da resistência indígena
afirmando sem receios
que “Essa terra tem dono”
pois desde que o vento é vento
desde que o céu é céu
desde que o mar é mar
“Essa terra tem dono”
como quer o Grande Espírito
Ñanderu, o Criador.
Graça Graúna, Nordeste do Brasil, 24 de agosto de 2009
Entre as histórias mais belas
do Rio Grande do Sul
é impossível esquecer
a canção de amor e morte
de Pulquéria e Tiaraju.
Na antiga São Miguel
com a lua por testemunha
em meio a flores silvestres
onde pousam tantos pássaros
se encontram os amantes.
É um amor tão bonito
que Ñanderu nos faz ver
o que há de mais sagrado
na história de Pulquéria
e o seu amor por Sepé.
Foi na Guerra das Missões
que o amado parente
enfrentou as duras penas
e as lágrimas de Pulquéria
deram luz a uma nascente
Diz a lenda que Pulquéria
no rio ainda se banha
enquanto o guerreiro amado
segue o Cruzeiro do Sul
quando a noite é mais pituma.
Poema III
MULTIPLICANDO A SEMENTE
Foi Sepé Tiaraju
que pela vida ensinou
multiplicou a semente
da resistência indígena
afirmando sem receios
que “Essa terra tem dono”
pois desde que o vento é vento
desde que o céu é céu
desde que o mar é mar
“Essa terra tem dono”
como quer o Grande Espírito
Ñanderu, o Criador.
Graça Graúna, Nordeste do Brasil, 24 de agosto de 2009
Nota: publicado no Overmundo.
Graça, parabéns pelos poema, pela caminhada e pelo blog.
ResponderExcluirMuita personalidade aqui.
Abração
Poetamigo Herik: grata pela atenção,, pelo carinho. Amo seu poetar. Bjos.
ResponderExcluirBelo poema!Sou grata de coração a todos heróis indígenas, meu povo tem muitos heróis e eu sou feliz por isso.
ResponderExcluirBEIJOS
Iracema, querida irmã de luta: nossos heróis morreram em nome da nossa identidade indígena. Grata pela visita. Paz em Ñandearu, Grauninha
ResponderExcluirAi, Graça, sinceramente... seus poemas me emocionam muito. São tão ternos e, ao mesmo tempo, pontiagudos.
ResponderExcluirSaudades
Querida Graça,
ResponderExcluirSeus poemas plantam sementes encantadas, que viram estrelinhas em nossos corações, assim como a história do guerreiro.
Beijos.
Minha querida Magalena Barranco: li seu poema que é quase um tanka. Não importa a forma, mas o conteúdo belo que a sua poesia propaga no universo. Bjos, paz e luz. Grauninha
ResponderExcluirMeu querido Wagner: viu como os nossos ancestrais estão por perto? Logo que acabei de ler sua mensagem no meu blog, você apareceu na minha sala todo radiante. Grata pela atenção, pelo carinho. Bjos, Grauninha
ResponderExcluir