Dia de finados. Há tantos mortos para lembrar...uns que se foram muito cedo, outros que atravessam séculos e sua história de vida continua alimentando o nosso imaginário, a nossa memória. Há muitos mortos para lembrar; sejam brasileiros ou portugueses, índios ou negros; mortos de diferentes etnias
Neste blog, eu costumo publicar textos de minha autoria e abro espaço, também, para os textos que eu gostaria de ter escrito. Por essa razão, acolho o poema de Luciano Alves. Ele dedicou os versos seguintes à imortal Inês de Castro; uma personagem da história portuguesa que recebeu de Camões o belíssimo e trágico Canto III, em "Os Lusíadas". O poema de Luciano é fruto das minhas provocações nas aulas de Literatura Portuguesa I, no Curso de Letras da UPE.
O canto terceiro em Os Lusiadas
Concluindo o canto terceiro
desta obra imortal
temos um grave desfecho
que a todos choca igual
A amada de Dom Pedro
pra ninguém era segredo:
era a bela Inês de Castro
A essa altura ainda é cedo
mas no desenrolar do enredo
o luto à trama invade
por hora goza de sossego
não tem noção, sequer medo
de um futuro tão covarde.
O pai do amado não aprova
do seu filho a união
por isso, o Rei Afonso
sem piedade ou compaixão
decreta que só a morte,
o ceifar da vida, triste sorte,
é para Inês de Castro a decisão.
É na estrofe UM TRÊS DOIS
que a maldade acontece
pouco tempo depois
da vítima fazer a prece
“- Por amar, que me perdois
o teu filho mais que pudesse
rogo a ti agora pois
que ao exílio me arremesse”
Triste sina a de Inês
que pela espada foi vencida
amar demais foi o que ela fez
pra merecer a vil ferida
que dói no peito português
ainda hoje revivida
E o poeta continua
seu relato grandioso
da história da terra sua
que lhe deixa mui garboso
para os clássicos apontando
aos textos sagrados associando
segue em seus versos rimando
Assim, compunha o clássico
O canto terceiro em Os Lusiadas
Concluindo o canto terceiro
desta obra imortal
temos um grave desfecho
que a todos choca igual
A amada de Dom Pedro
pra ninguém era segredo:
era a bela Inês de Castro
A essa altura ainda é cedo
mas no desenrolar do enredo
o luto à trama invade
por hora goza de sossego
não tem noção, sequer medo
de um futuro tão covarde.
O pai do amado não aprova
do seu filho a união
por isso, o Rei Afonso
sem piedade ou compaixão
decreta que só a morte,
o ceifar da vida, triste sorte,
é para Inês de Castro a decisão.
É na estrofe UM TRÊS DOIS
que a maldade acontece
pouco tempo depois
da vítima fazer a prece
“- Por amar, que me perdois
o teu filho mais que pudesse
rogo a ti agora pois
que ao exílio me arremesse”
Triste sina a de Inês
que pela espada foi vencida
amar demais foi o que ela fez
pra merecer a vil ferida
que dói no peito português
ainda hoje revivida
E o poeta continua
seu relato grandioso
da história da terra sua
que lhe deixa mui garboso
para os clássicos apontando
aos textos sagrados associando
segue em seus versos rimando
Assim, compunha o clássico
da terra lusitana
da última flor do Lácio
seu estilo, seu traço
ainda hoje não engana
quem nesse mar navega
logo louva sua entrega
à obra tão vital,
pois nela muito se aprende
muito se sabe, muito se entende
da história de Portugal.
Nota: Luciano Alves é meu aluno no 4º período de Letras, UPE/Garanhuns.
da última flor do Lácio
seu estilo, seu traço
ainda hoje não engana
quem nesse mar navega
logo louva sua entrega
à obra tão vital,
pois nela muito se aprende
muito se sabe, muito se entende
da história de Portugal.
Nota: Luciano Alves é meu aluno no 4º período de Letras, UPE/Garanhuns.
Graça, é uma satisfação figurar num blog de tão nobre conteúdo. Esses versos nasceram despreocupados com a métrica, apenas com o intuito de ilustrar o imperdível Canto III de "Os Lusíadas". Valeu muito a pena fazer algo diferente.Obrigado.
ResponderExcluirLuciano, grata por sua doce presença no meu blog e sobretudo por sua participação em sala de aula. Paz ebem, Grauna
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