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31 agosto 2009

Outras histórias


 Noite estrelada de Van Gogh.


Bebeu a angústia do ser
e saiu na tarde quente e vazia
pelas ruas
sem lenço, sem documento
como fez Camões
ou foi Caetano
que também salvou a nado
um violão ao peito?

Bebeu a angústia do ser
na boca molhada
de suor e sexo
seguindo o infinito
neste sopro de adeus


Graça Graúna. Tear da palavra. Belo Horizonte: M.E. Edições Alternativas, 2007, p.7.

11 comentários:

  1. Boa tarde, estou passando pra conhecer seu blog, e desejar boa semana.
    bjsss

    aguardo sua visita :)

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  2. CINTIA TOMÉ, disse:
    tantas estórias , tão individuais, sem nome
    mas com a marca no peito da mágoa

    Parabens Graça, este poema deixa a nós
    o sopro de um sofrimento sem identidade, quantos não?


    abçs
    Cintia Thome • São Paulo (SP) • 1/9/2009 09:24

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  3. BETHA disse:

    Grauna,
    mais um poema cheio de Graça, com o teor ( e o tear ) da tua palavra. Lindo!

    Betha.
    BETHA • Carnaíba (PE) • 1/9/2009 10:56

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  4. RANGEL disse:
    Salve, Graça!

    Bebamos desse cálice até entornar e brotar a felicidade!

    Abraço Pantaneiro.
    Rangel Castilho • Anastácio (MS) • 1/9/2009 12:36

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  5. DAYVSON disse:

    Amore, que saudade de ler um poema feito por vc. Lindo...Abreijos!!!
    Dayvson Fabiano "Imorrível" • Recife (PE) • 1/9/2009 13:21

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  6. AZUIR disse:

    graça grauna • Jaboatão dos Guararapes (PE) •

    Outras histórias

    Há uma sabedoria em tudo.
    Uma Caminhada seguindo nas diferentes formas de vida e exictência cumprindo cada um a sua trajetória, todas muito especiais. CXada uma é cada uma única.
    Todas fazendo parte de um todo de Amor.

    ...seguindo o infinito
    neste sopro de adeus...


    Parabéns.
    Abração Amigo.
    azuirfilho • Campinas (SP) • 1/9/2009 18:09

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  7. C.CAMPELLO disse:
    Mergulhei tao funnnndo nesse poema que...
    na primeira parte vi Cristo......na segunda eu! ó?!
    defato....divaguei!

    adorei.
    bjssssss;
    Cláudia Campello • Várzea Grande (MT) • 1/9/2009 19:18

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  8. ANDRE PESSEGO disse:
    Quanto tempo durará este sopro do adeus?
    Quanto tempo durará esta saída sem lenço sem documento?
    abraço
    andré
    Andre Pessego • São Paulo (SP) • 2/9/2009 07:32

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  9. ADEMARIO disse:
    Ô maninha Gra - Grão - Graal: a vida é assim - rio calmo ora revolto que nos leva. O pânico desta levada é a angústica de para onde estou indo ou me levam as águas... Aonde o abraço mais apertado, mais duradouro, o meu encoradouro?!

    Viver é assim... desejos, buscas...
    Certezas?
    - Vixe, melhor é ir de bubuia
    (corrente levando) - a vida é para ser vivida.
    Esta é a melhor parte.
    Viver é uma arte
    Artimanhas
    as manhas ,as manhãs, as noites
    os açoites das esperas,
    a morte que chega a galope
    quando o desejo
    é o beijo
    o abraço - ponte terapêutica
    teu colo, tua boca,
    sexo bom, de entrega... de bubuia...
    Ai, meu Deus,
    por que a angústia bate pesado
    se você não vem
    ou porque você se foi?!

    Ai, Gra - Grão - Graal,
    decifrar/entender a vida é tarefa para depois
    melhor-bom é juntar
    a fome com vontade de comer
    não ser um - ser dois...
    Solidão é só para pensamentar/poetar
    no mais, solidão só à dois!
    P'ra fazer um auê
    como diz a Rita Lee!

    Beijos e paz e que este "adeus"
    te e nos seja "leve"
    como diz o Belchior, ora numa Cabana
    fugindo a mediocridade da sociedade,
    do capital e da família...

    Por falar em Uruguai:
    Besos mi hermana hermosa i mui querida!

    AR
    Ademario Ribeiro • Simões Filho (BA) • 2/9/2009 08:52

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  10. A esmo
    sai em fuga
    se perde
    se encontra
    para a pensar
    e cresce
    para a crescer
    e pensa
    não corro
    não paro
    sigo em frente

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  11. Meu querido Almirante Aguia: amo a sua presença, a sua poesia. Bjos

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