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24 junho 2009

Feitura de Tupã


Quando Marabá deixou a tribo
não foi por querer,
sendo filha de quem é
enfrentou as duras penas
de ser o que é
filha da mistura,
Marabá, apenas.

Quem há de querer?

Se acaso feitura não é de Tupã,
quem define a história
dessa índia meio branca
dessa branca meio índia?

Quem há de querer
de Marabá as penas?


Graça Graúna. Tessituras da terra. Belo Horizonte: M.E. Edições Alternativas, 2001, p. 24.

10 comentários:

  1. Graça, que poesia excelente é essa?

    Não no encontro, mas na conjunção das diferenças, há os que nunca se recusarão às duras penas do heroísmo: aqueles que, com seus sangues de memória, se erguem na tradição, nas feituras de Tupã.

    Somente tendo isso em perspectiva, é que posso, neste instante, sentir Graça Grauna.
    Parabéns!

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  2. Meu querido Roberto Costa Carvalho: a tua presença nesta manhã aguça minha memória de filha de Tupã. Grata por você existir. Bjos, Grauninha

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  3. Grauninha querida, que coisa linda este poema!!

    De alguma forma, somos também Marabá, já que somos todos únicos em nossas diferenças, que precisam ser respeitadas. Somos frutos da miscigenação, o que enriquece ainda mais o nosso povo.

    Um beijo em seu coração, com carinho

    Márcia

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  4. Marcia, minha irmãzinha linda: suas palavras tocam meu coração. Sabemos que não é facil ser filho ou filha da mistura ou marabá, pois ainda existe muito preconceito neste nosso país; muitos consideram que a nossa mistura empobrece a cultura. Grata pela leitura tão prestimosa. Bjos, Grauninha

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  5. Graça,



    Quem há de querer as penas de Marabá?! Lamento assim, tão pungentemente indagativo, fez com que ela caísse nas graças de Tupã, seguramente.



    ;)



    Beijos,







    Marcelo.

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  6. Pois é D. Graça, sempre nos pondo a pensar.

    Enxergo-me 100% mestiço
    A história que se esquece
    Poe na alma uma procura
    Onde estão os retalhos
    Pelo tempo carcomidos?

    Beijão

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  7. Meu querido Comandante Águia: lindo demais o seu comentário em forma de poema. Um Lindo mestiço, publique-o. Grande honra ter você aqui. Bjos.

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  8. Marcelo Novaes, grande é a minha alegria de contar com a sua doce presença neste meu humilde espaço. Paz em Ñanderu (Grande Espírito, em guarani). Graça Graúna

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  9. Graça

    Parabéns!
    Lindo versos e se assim for, quem sabe dessa feitura?!
    Muito sucesso pra vc

    Beijos

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  10. Erhi, poetamigo: gosto das águas do seu versejar. Grata pela chegança em meu Blog. Paz em Ñanderu, Grauninha

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