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24 abril 2009

Noturno

Escultura: Leo Santana. Foto: Custódio Coimbra



No meio da paisagem tem um poeta.
Toco suas mãos, suas feridas
em meio a tantos saberes no mar da escrita
nossas mãos - produtos de perdas e pedras -
escrevem sobre paz e guerra
sobre (des)caminhos e sonhos abortados.

Tem um poeta
no meio da paisagem.
Da sua retina, diviso o clarão da lua
que abranda a fúria de outras ondas
em Copacabana
a lua, o poeta e outros eus
entre a vida e a morte de mãos dadas
tudo a se multiplicar
numa ciranda de sonhos ao redor

Graça Graúna, uma noite em Copacaba/RJ, 1.junho.2008

Nota:poema publicado no Overmundo.

6 comentários:

  1. grauninha, que texto belo!
    carlos merece.
    tcheros.

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  2. Samuca: te consagro a pérola negra da poesia. Qundo eu crescer vou fazer um poema dedicado a tua grandeza. Bjos de luz, Grauninha

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  3. Boa tarde, Professora!
    É muito gratificante a leitura do seu texto. A grandiosidade, o sentimento, a tristeza, o amor manifestado em cada palavra, a sutileza e primor na composição do poema, maravilha pura! Parabéns pela obra e pessoa que és, pelos prêmios da web, etc.
    Saudações,

    Marcos Mendes

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  4. Querida Graça,

    Em vez de uma pedra... Um poeta no caminho. Que encanto de poema leio agora em seu blog!

    Ai, ai, apenas agora atualizei meu blog e coloquei o lindo meme que você me recomendou... Perdoe-me a demora.

    Muitos beijos, Madá

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  5. Comentário de Cristiano Melo:
    -----------
    Grauninha,
    O poeta em vigília perene num banco de Copa. De costas ao mar e de frente aos transeuntes. Poetas são estátuas de marfim ambulantes, quimeras inspiradas por musas... Fico em dúvida às vezes se isto é um dom ou uma sina.
    Muito bom ter seu espaço para refletir sobre a poética.
    Parabéns
    beijos

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  6. Minha querida Magdalena Barrando: estarei sempre porprto quando precisar. Bjos

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