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28 julho 2008

Elegia do amor maduro

O beijo, de Klimt



Quando o tempo do silêncio
assentar em nossos corações
a pedra do esquecimento
já não seremos aquela árvore vibrante
nem gozaremos com as vorazes cataratas
ao rumor da vida.

Quando ese tempo chegar
é certo que chorarei
sobre os restos mortais
do nosso verso-reverso.
É certo que chorarei
Sobre o nosso sudário.

Quando esse tempo chegar
a Paz e a Liberdade
de certo perguntarão:
– Vorazes cataratas ao rumor da vida,
sabedes nova do meu amado?
Sabedes nova do meu amigo?


Graça Graúna
Nordeste do Brasil, 25.jul.2008, Dia do Escritor

Nota: no site Overmundo, este poema recebeu 269 votos.

4 comentários:

  1. Ver coment�rios acerca deste poema (Elegia do amor maduro) no site Overmundo - Banco de Cultura:
    www.overmundo.com.br

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  2. Adorei!!!! Senti tão real a frieza que vive dentro de cada um... pq deixamos que isso aconteça??? Pq não mantemos viva a vibração e tormenta de um amor novo??? rsrsrs.. Beijos... estou começando!!! Quero escrever como vc!!!

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  3. Oi minha colega!!! Lendo seu perfil, descobri que temos em comum, além do gosto pelas letras, a doce missão de educadora, sou formada em Matemática e pós graduada em gestão escolar, atualmente, estou trabalhando com a alfabetização... uns pequeninos!!! rsrsrsrs...mas adoro o que faço!!! Obrigada pelo comentário no meu Blog, como estou começando suas visitas e dicas sempre são bem vindas... rsrsrsr...
    Bjs

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  4. E as lágrimas serão libertadas pelas cataratas como a resposta de amor das águas dançarinas.... Que lindo, Graça! Visitar seu blog faz bem a esta sua leitora e admiradora.

    Beijos.

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