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09 março 2014

Fen’Nó: somos a raiz da esperança



Não conheci dona Ana da Luz Fortes do Nascimento (Fen’Nó), essa guerreira da nação Kaingang, mas seu pensamento me vestiu de coragem pra enfrentar também os desafios do meio acadêmico. 

Foi em março de 1999 que eu vi a reportagem de capa do Jornal Porantim dedicado a uma anciã kaingang; uma homenagem pelo dia da mulher. Quando li as palavras de  Fen’Nó, no Jornal Porantim,  intui que eu deveria – a partir de então – compartilhar o seu pensamento com os meus alunos e com todos interessados pela nossa cultura. 

Aprendi com Fen’Nó que nós mulheres indígenas “somos fecundas. (...) Somos a multiplicação  das lutas como a terra multiplica o cereal plantado. Somos a raiz da esperança”. Hoje, tomei conhecimento que Fen’Nó habita agora entre as estrelas. Tenho certeza que Fen’Nó está bem pertinho de Ñanderu, intercedendo por todos nós e multiplicando a nossa esperança de um mundo melhor.

No meu livro “Contrapontos da literatura indígena contemporânea..”, dedico o cap.3 à poesia escrita por mulheres indígenas e é justamente nesse capitulo que o pensamento de Fen’Nó me guia para relatar um pouco da nossa cultura indígena.
A luta continua, Fen’Nó.. 
Que Ñanderu nos acolha, 

Nordeste do Brasil, Graça Graúna


2 comentários:

Ademario Ribeiro disse...

Mana, GG, grão amoroso e guerreiro, comovente o que foi Fen'Nó! Comovente a tua escrita!

Beijo comovido!

Art'palavra disse...

Querido Ademario: a boa energia de Fen´Nó e tanta... por isso mesmo creio que ela está zelando por nós aqui na terra. Saudades de você também. Bjos, Graça Graúna