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21 janeiro 2012

Thiago Pethit: a doçura que vem da voz humana


          Em meio aos problemas tantos aos quais estamos expostos no dia a dia, a boa música tem o poder de nos colocar nos eixos; de nos salvar da margem e de não nos sentirmos forasteiros, ainda que por alguns momentos. E quando temos a oportunidade de sentir o nosso lugar no mundo, de apreciar, ouvir, ver de perto e poder intuir a doçura que vem da voz humana; aí parece que os problemas ganham soluções. Compartilhar essa experiência é uma aventura humana.

          Na verdade, a boa música nos veste de coragem pra seguirmos a luta; a boa música nos anima pela estrada da vida, ainda que sejamos tentados a abandonar a fé que nos resta. A boa música, a letra inteligente das canções, a voz sensível do poeta, do cantor pode trazer luz onde enxergamos escuridão; pode trazer paz, mesmo quando nos sentimos fragilizados. Foi isto que senti diante do artista, do poeta-cantor Thiago Pethit: um nome que encantou uma seleta plateia de recifenses e um coro que ecoou pelo céu noturno e chuvoso do bairro da Várzea. Esse poeta-cantor emocionou a todos e eu, aqui, continuo no meu estado de encantamento. Insisto em dizer que a música de Thiago Pethit é um presente na vida de quem vive a experiência humana.

          Sendo assim, tomo a liberdade de transcrever algumas letras que eu amo bastante e de quebra também apresento a imagem do presente que ganhei da minha filha: um CD gravado em São Paulo, entre o outono e o inverno de 2008; um CD autografado e com a riqueza das ilustrações de um piano, um violão, uma mala esperando a próxima viagem e a lembrança triste de um passarinho na gaiola. Boa sorte Thiago Pethit. Que Ñanderu acolha a sua poética caminhada em qualquer lugar do mundo. 

Graça Graúna
Nordeste do Brasil, com as chuvas de verão de 2012




Algumas composições de Thiago Pethit. Para acessar o vídeo clic  no título da música:

Não se vá
Thiago Pethit

Espero que você não se vá
Se eu não tiver nada mais para te contar
Não sei dizer, quem dirá?
Talvez numa segunda fria
Ou num domingo de sol pela manhã
É triste sim, eu sei
Duas pessoas em silêncio
Sempre dão tanto o que falar
Então me espere na terça
Ou depois de amanhã
Quem sabe?
Na quinta ou sexta, no mais tardar
Eu direi
Não se vá

Mapa-Múndi
Thiago Pethit

Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?
Descreva pra mim sua latitude
Que eu tento te achar no mapa-múndi
Ponha um pouco de delicadeza
No que escrever e onde quer que me esqueças
E eu te pergunto o que será do nosso amor?
Ah! Se eu pudesse voltar atrás
Ah! Se eu pudesse voltar.

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